Fundado em setembro de 2000, o Grupo Teatral Trem de Doido deu início às suas atividades através de uma Oficina ministrada pela Professora Luzia Divina, com 40 participantes. Um sonho chamado teatro torna-se realidade. Várias conquistas... muito trabalho... esforço... teimosia... cansaço e um desejo insano de fazer teatro e uma crença nunca abalada em nosso povo – “assim podemos definir o GRUPO TREM DE DOIDO”
Sejam Bem Vindos!
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Conquista pela união dos artistas...
Tal possibilidade foi promovida por uma reunião dos grupos de teatro da cidade, no dia 14 de novembro de 2009, onde se reuniram no Centro Cultural de Porangatu os grupos Trem de Doido, Grupo Kuase Normais e Companhia de Teatro de Porangatu, com a Diretora de Ação Cultural Tania Bastos, Sandro de Lima curador e debatedor do 8º Tenpo, e Maria Efigênia Calemam convidada pelos grupos de Teatro, para colocarmos nossas insatisfações em relação ao que o interior/norte de Goiás necessesita para que todos tenham acesso a cultura com qualidade e respeito.
Em nossa reunião a senhora Tania Bastos declarou que é importante que discussões acontecam e que se leve em conta as reinvidicações da comunidade representada pelos Grupos de Teatro.
Os grupos de Teatros levantaram a questão dentre elas:
- Contrução de um teatro com salas de ensaio;
- Adequação de espaços físicos existentes em nosso município para o fazer artistico e cultural;
- Equipar e reformar o Auditório do Centro Cultural de Porangatu;
- Ações Continuadas para assessoria e treinamento aos fazedores de teatro através da Agepel;
- Professor visitante para treinamento;
- Criação de cursos de artes cênicas (presencial ou distância);
Através desta iniciativa algumas medidas já estão sendo tomadas e em breve novos projetos para nossa cidade apareceram.
Precisamos mostrar a cara e lutar pelo que acreditamos mesmo que não fossemos ouvidos, gritariamos até que esse momento chegasse. Mesmo assim ainda não estamos satisfeitos apenas com as promessas e queromos os projetos executados. E que todas as iniciativas de todos que se importam com a cultura de seu povo seja revestida em beneficios a comunidade.
PONTO DE CULTURA "TREM DE DOIDO"
Foi firmado no dia 23 de novembro de 2009 o convênio com Ministério da Cultura (MinC), do Ponto de Cultura "Trem de Doido", no Palácio das Esmeraldas com a presença de varias autoridades políticas e civis. A Presidente do Grupo Teatral Trem de Doido Célia Ferro assinou o convenio com o ministerio da Cultura.
"A idéia de montrar o projeto nasceu da vontadade de articular e fomentar ainda mais as artes e a cultura de nossa comunidade, uma vez que o próprio Grupo Trem de Doido já desenvolve e vem desenvolvendo atividades artísticas desde de 2000, pelo projeto desenvolveremos Oficinas, Seminários e o Festival de Teatro Estudantil" relata Célia Ferro.
Com o apoio do Ministério o grupo é responsáveis por articular e impulsionar as ações que já existem nas comunidades. Atualmente, existem mais de 650 Pontos de Cultura espalhados pelo país e, diante do desenvolvimento do Programa, o MinC decidiu criar mecanismos de articulação entre os diversos Pontos, as Redes de Pontos de Cultura e os Pontões de Cultura.
O Ponto de Cultura não tem um modelo único, nem de instalações físicas, nem de programação ou atividade. Um aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhada entre poder público e a comunidade.
O papel do Ministério da Cultura é o de agregar recursos e novas capacidades a projetos e instalações já existentes. Além disso, o MinC também oferece equipamentos que amplifiquem as possibilidades do fazer artístico e recursos para uma ação contínua junto às comunidades.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Mesa Redonda - 8º TENPO
O trabalho do ator na contemporaneidade, este é o tema da Mesa Redonda, que acontece no dia 6 de novembro, às 20 horas, no Centro Cultural Martim Cererê, promovido pela Agência Goiana de Cultura (Agepel). O evento é uma das novidades da programação da 8ª Mostra de Teatro Nacional de Porangatu – TeNpo, que este ano será realizada de
O encontro visa abrir um leque de discussões e conhecimentos sobre as diversas faces do ator, a concepção da dramaturgia, a experiência de palco e outras curiosidades sobre a arte de encenar.
A proposta da Agepel é proporcionar ao público goiano uma prévia do que estará acontecendo no TeNpo, durante os seis dias de teatro, circo e performances. Para isso, conta com a participação de dois conceituados nomes das artes cênicas internacionais.
A iniciativa é direcionada a alunos e professores de teatro, bem como a classe artística
Estarão atuando como mediadores no debate a atriz, diretora e trapezista Tetê Caetano; e o ator e diretor Bruno Peixoto. Outros parceiros se juntam a realização do evento, como as Escolas de Artes Cênicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (antigo Cefet) e da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Diana Ringel é de nacionalidade uruguaia. Além de atriz, é professora de arte dramática e teatro gestual, com formação corporal no Instituto Bayerthal de Montivideo (Uruguai). No Brasil ministrou aulas no Palácio das Artes de Belo Horizonte (MG) e na TV Globo (Rio de Janeiro), bem como em Montividéu, no Teatro de
Alma Rosa Martín Suarez é bailarina, coreógrafa, diretora, atriz e professora de expressão corporal. Teve seus primeiros estudos sobre corpo e movimento na Escola de Dança Art Active, da cidade de Ensenada, no México. É pós-graduada
Contato: Bruno Peixoto – (62) 8146-7099
sábado, 31 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
I Conferência Municipal de Cultura
Conferência Pública sobre Políticas Públicas.
"Pela primeira vez nós temos a oportunidade de discutir efetivamente o setor e de orientar os municípios sobre a necessidade de realizarem suas conferências e criarem seus conselhos de cultura, para que possam fazer parte do Sistema Nacional" Diz Linda Monteiro.
Segundo a presidente da Agepel, só poderão participar do sistema os municípios que tenham, pelo menos, um Conselho de Cultura, e quem estiver fora não terá mais acesso aos recursos federais destinados ao setor cultura.
fonte: e-commerce.cultura.com.br/shopping/imprime_noticia.asp; Agepel.
Participe:
Dia 29 de outubro de 2009
Local: Auditório do Centro Cultural de Porangatu
Horário: 8:00h
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Divulgada lista dos espetáculos selecionados para a 8ª Mostra de Teatro de Porangatu
A Agência Goiana de Cultura (Agepel) divulga a relação dos espetáculos selecionados para apresentação na 8ª Mostra de Teatro Nacional de Porangatu - TeNpo, que acontece de 10 a 15 de novembro próximo.
Foram inscritos nesta edição 33 produções, das quais selecionadas 12 atrações, entre espetáculos infantis, adulto, de circo e performances. Não houve inscrições de Brasília e do Tocantins.
A curadoria foi composta pelo diretor de teatro Sandro di Lima, a jornalista Valbene Bezerra, do jornal O Popular, e da atriz e produtora cultural Fernanda Fernandes.
Os critérios de avaliação levaram em conta a qualidade das produções, a dramaturgia, o trabalho de pesquisa e a consistência da produção, contemplando a diversidade das três linguagens cênicas: teatro, dança e circo.
Confira abaixo a relação dos selecionados:
Adultos:
- Boi - Ator: Guido Campos – Direção e adaptação: Hugo Rodas
- Preciso Olhar – Cia de Teatro Nu Escuro – Direção: Henrique Rodovalho
- Balanço – Ator: Bruno Peixoto – Direção: Edson de Oliveira
- O Giro da Criatura – Direção: Grupo Teatral Olho da Rua com participação de Constantino Isidório
- Macário – Companhia Teatral Oops – Direção: João Bosco Amaral
- Perfume para Argamassa – Atores: Kleber Damaso e Viviane Domingues
Porangatu:
Infantis:
- Chiquinha, a Fofoqueira. – Grupo Teatro Zabriskie – Criação e Atuação: Alexandre Augusto e Ana Cristina Evangelista
- História de Goiás no Picadeiro – Circo Lahêto – Direço: Maneco Maracá
Performances:
- A Dama da Noite – Companhia de Teatro Sala 3
- Drumonzinho – Cia de Teatro Novo Ato – Direção: Luiz Cláudio
- Nervos a Beira de um Ataque de Mulheres – Atriz: Joeslaine dde Oliveira Sousa – Direção: Pablo Angelino e Nando Rocha (Para Abertura Oficial)
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
8ª Mostra Nacional de Teatro de Porangatu
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Os Saltimbancos dia 13/09 ingressos a preços populares
O que acontece quando 4 animais, fugidos da casa de seus donos, se encontram? Os Saltimbancos. Um jumento cansado de trabalhar e de ser maltratado; um cachorro cuja única função sempre foi a de deitar, rolar, buscar objetos; uma galinha que dedicou toda sua vida a botar ovos e só lhe resta ser transformada em canja; uma gata que, embora seja bem tratada, não pode usufruir de nenhuma liberdade. Juntos, decidem trabalhar como músicos na cidade grande. E embora nunca tenham estado numa cidade e muito menos saberem cantar ou tocar algum instrumento, têm suas próprias idéias a respeito deste sonho e é nessa busca, nessa viagem rumo a seus sonhos e ideais, que vivem várias aventuras, perigos e vitórias e descobrem que a verdadeira felicidade pode estar muito mais perto do que imaginam.
- Ficha Técnica:
Texto: Inspirado em “Os Músicos de Bremen”, dos irmãos Grimm, do autor italiano Sergio Bardotti
Adaptação: Chico Buarque
Direção: Leandro Martins
Sonoplasta: Márcio Santana
- Elenco:
Ismael Pereira (cachorro)
Marly Campos (gata)
Apoio Cultural: Caixa Econômica Federal, Centro Cultural de Porangatu, Prefeitura Municipal de Porangatu, Lojão do Povo, Nova Era FM, Gráfica e Editora Valadares, A Ideal Tecidos e Deputado Júlio da Retífica.
domingo, 30 de agosto de 2009
Uma Semana de apresentações... Os Saltimbancos
Estava estampado nos rostos de nossas crianças a satisfação da magia do teatro infantil de bom gosto apresentado pelo grupo trem de doido.
Obriago as pessoas que assistiram o nosso espetáculo...
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
II SEMINÁRIO DE ARTES CÊNICAS DA FETEG
sábado, 25 de julho de 2009
DEIXE SUA OPNIÃO SOBRE O 8ºTENPO
QUAL O GENÊRO TEATRAL VOCÊ GOSTARIA DE ASSISTIR NO TENPO?
QUAL ESPETÁCULO?
QUAIS AS OFICINAS SÃO INTERESSANTES PARA PORANGATU E REGIÃO?
O QUE PODE MELHOR NO 8º TENPO?
PARTICIPEM, SÓ ASSIM PODEREMOS LUTAR PARA MELHORAR O EVENTO.
Nas Artes cénicas, um ator/atriz é a pessoa que cria, interpreta e representa uma ação dramática baseando-se em textos, estímulos visuais, sonoros e outros, previamente concebidos por um autor ou criados através de improvisações individuais ou coletivas; utiliza-se de recursos vocais, corporais e emocionais, apreendidos ou intuídos, com o objetivo de transmitir ao espectador o conjunto de ideias e ações dramáticas propostas; ensaia procurando aliar a sua criatividade à do encenador, atua em locais onde se apresetam espetáculos de diversão públicas e/ou nos dmeais veículos de comunicação.
O Primeiro ator da história chamava-se TESPIS, que criou o monólogo ao apresentar-se em plena Dionisíaca, na Grecia Antiga, no século V a.c. em Atenas. O pretenso ator, munido de máscara e vestindo um túnica, interptretou o deus Dionísio,, destando-se do coro, sobre a sua carroça que mais tarde ficaria conhecida como "carro de Tespis", criando o papel da protagonista, num movimento que futuramente ficaria conhecido como tragédia grega.
Fonte: wikipédia
domingo, 5 de julho de 2009
Os Saltimbancos
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domingo, 28 de junho de 2009
sábado, 27 de junho de 2009
domingo, 21 de junho de 2009
sábado, 13 de junho de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
RAPIDINHAS FETEG
INFORMATIVO E DIVULGAÇÃO - EM 15 DE MAIO DE 2009
A Feteg realizou no sábado (09) a Mesa Redonda POLÍTICAS PÚBLICAS "Foco no Teatro" com a participação de 37 fazedores de teatro e cultura, além de autoridades que prestigiaram o evento e/ou debateram as questões propostas, dentre as quais: Sandro di Lima, Fábio Tokarski, Miguel Jorge, Delgado Filho, Danilo Alencar, Glacy Antunes, Marcos Fayad, Constantino Isidoro e Marcelo Carneiro. Dos debates e discussões, um documento foi e está sendo feito para publicizar a todos. Esta foi a primeira etapa de uma série de debates, mesas redondas e seminário que a FETEG continuará realizando no decorrer deste ano e nos próximos.
vibra a poetica do ser no chão de boal
o olhar desfila com seus personagens
criando sons de um teatro invisivel
cheios de rebeldes singelos
e revoltas intligentes na caminhanda cenica
derramando no palco o secreto dos signos
e as veias da dramticidade fervi
oriunda dos ensaios de um teatro que grita
sobre o chão fertil da dramaturgia
a cena é esta! se derrete em jornais-teatro
numa cantiga do ser reicantando a o verbo
na silenciosa e provocante poesia
do teatro que pensa
nesta hora nao há cortinas e nem paredes
atores salivam fabulas libertarias
não chao onde boal fecundou o teatro possivel
numa sinfonia de flores se abrindo
para mudar o mundo com ardente doçura
cheio de desejo de arco-iris de boal
e como dezia augusto...descobriando o teatro o ser se descobre humano
MARLOS PEDROSA
domingo, 10 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
Dentro do contexto pós-moderno no qual a sociedade contemporânea está inserida, percebemos que este sustenta a versão simplista de dizeres coloquiais como: tudo é arte, tudo é relativo, e assim se apresenta na tentativa de justificar a ausência de uma nova criação artística, algo original, que ainda não seja conhecido.
Dentro destes paradgma estão as diferentes maneiras que nós teatristas encontramos de fazer teatro. Não me refiro a diferenças de estética, poética e ou de linguagem que um espetáculo possa ter do outro, e sim as diferentes maneiras que as pessoas que fazem teatro encontram para agrupar-se e gerar suas condições de trabalho e de vida.
Há muitos exemplos de agrupar-se para fazer teatro, mas vou limitar-me a refletir agora sobre o conceito de companhia ou grupo estável; que está no marco de um conceito que pressupõem um trabalho em longo prazo, voltado para formação atorial, fora do eixo e dos princípios do teatro comercial, e que pressupõem um trabalho de investigação do fazer teatral.
Nesta maneira de agrupar-se, pode-se encontrar diferenças entre os grupos ou companhias e são essas diferenças que definem o perfil particular de cada grupo. O fato de algumas pessoas se unirem para gerar teatro desta maneira e, que essa grupalidade se mantenha além da montagem do espetáculo, motiva e impulsiona os integrantes a pensar em outras questões relacionadas à produção e ao fato de sobreviver como grupo que tenta desenvolver um trabalho que não é somente a criação do espetáculo, é também o trabalhar para a formação do homem, buscando reconhecer suas debilidades como um meio de avançar em sua existência e na sua produção artística.
Assim, cria-se um espaço onde não haverá só a preocupação de incorporar uma série de elementos técnicos relacionados ao oficio do ator e nem só para criar espetáculos. Cria-se um espaço onde a formação do ator em variados níveis e pressupõem um lugar de ampla liberdade formativa. Isto entre outros elementos é o que diferencia a idéia de estabelecer-se dentro do conceito de "teatro de grupo", falo de um conceito, porque podemos ver que sempre para a realização teatral necessita-se de um grupo de pessoas.
Teatro de grupo pressupõem estabilidade de elenco, conformação de um esquema de treinamento atorial, criação de material espetacular e principalmente, busca fazer um teatro que confronta suas dificuldades e hegemonias.
A idéia e até mesmo o conceito de teatro de grupo com objetivo de elenco estável não é um conceito novo originado no século XX, porém aqui trataremos de ver como esse conceito foi apropriado por alguns teatristas importantes do século XX, que norteiam através de seus experimentos e registros o trabalho de muitos atores e grupos na atualidade.
Stanislavski, diretor e ator russo que durante 40 anos esteve a frente do Teatro de Arte de Moscou, entendeu que, para realizar a idéia de teatro de grupo era necessário um programa centralizado e sistemático (o que já podemos chamar de treinamento) que sendo desenvolvido, permitiria ter conclusões sobre as dúvidas colocadas a prova chegando cada vez mais a uma síntese ajustada da atuação. A idéia junto a Dantchenko, era criar novas leis para o teatro russo, um teatro que estava marcado pelo contexto da Revolução Russa.
Nos anos 60, a cultura de teatro de grupo vai ter fortes raízes no teatro do diretor polonês Jerzy Grotowski.Estamos aqui falando novamente de um outro contexto entre os anos 60 e 70 do séc. XX, onde as rupturas sociais, culturais, educacionais são fortes e encaminharam todo um processo de perdas de referenciais, e onde também muitos países viviam a ditadura militar.
Grotowski, definiu seu trabalho pela cultura de grupo e para este definiu uma estrutura de treinamento para o ator, assim gerando um outro espaço para ator que não é só o dos ensaios, ele dizia que "havia o ensaio para o espetáculo e o ensaio que não era para o espetáculo". Era necessário um espaço de formação no grupo Este pensar sobre um espaço de treinamento para dar conta da formação do ator que já havia sido pontuado por Stanislavski na Rússia, e também pensado e estruturado por Jaques Copeau na França em sua escola, entre outros.
O teatrista Grotowski, fez uso de vários sistemas como a dança, a yoga, acrobacia e outros para formular o trabalho junto aos atores, os exercícios consistiam em ser um trabalho personalizado, desenvolvido dentro de um marco grupal, viria a ser como um espelho, onde o ator pudesse ver suas limitações e reconhece-las. O que se pode concluir da obra do autor é que a técnica então não tem nenhum valor em si mesma, se não for uma ferramenta à disposição para abrir novos lugares, ainda desconhecidos, em cada um dos atores, se não for assim não cumpre sua função.
Desta maneira, o grupo se transforma, necessariamente, em um lugar onde as relações entre os integrantes não são especulativas (o que é dominante na vida cotidiana), pelo contrário, necessitam de rigor, honestidade e o constante olhar de um sobre o outro, que desfaz o auto-engano e auxilia as pessoas em não se ocultarem.
Disse o diretor inglês Peter Brook a respeito de Grotowski por ocasião de tê-lo levado a Londres para trabalhar com os atores de sua companhia:
Grotowski é único. Por que ? Porque ninguém mais no mundo, que eu saiba, ninguém desde Stanislavski, investigou a essência da interpretação, suas características, seu significado, a natureza e a ciência de seus processos mentais-físicos-emocionais de modo tão profundo e completo como Grotowski. Ele diz que seu teatro é um laboratório. De fato: é um centro de pesquisa. Talvez o único teatro de vanguarda cuja pobreza não é desvantagem, cuja falta de fundos não é a desculpa para soluções inadequadas que automaticamente arruinariam as experiências. No teatro de Grotowski, como em todos os laboratórios de verdade, as experiências são observadas. Em seu teatro a concentração de uma pequena equipe é absoluta, em tempo integral (BROOK, 1995, p.61).
O espaço grupal, é um lugar para se retirar máscaras, nesse contexto, um trabalho de grupo desenvolve outro tipo de relação entre os integrantes e com o contexto social onde está inserido, poderíamos dizer então, que como desejou Grotowski "o grupo passa a ser uma terra fértil".
A primeira vista, a idéia de teatro de grupo poderia ser em tempos atuais uma boa forma do artista fazer um eficaz "nadar contra-corrente", fazendo essa oposição estaria resistindo a absorção feroz do capitalismo sob seu trabalho artístico. Porém essa idéia ganha a passos largos, uma força de bandeiras, que acaba banalizando o sentido primeiro pensado por Grotowski.
Para o ator em seu desenvolvimento como um todo é necessário não só um treinamento físico. É necessária, uma formação contundente, não basta fazer mil coisas com o corpo, passar horas trancados em salas com treinamentos ostensivos e, por exemplo, não treinar-se em ler dramaturgia, (que parece tão óbvio), em não se manter relacionado com os elos da história, a ausência de uma formação, de um treinamento intelectual faz do artista um ser que sequer compreende sua atividade, suas posturas em relação a si, a sua criação e a sociedade. A falta deste treinamento inteiro, faz com que sejam duvidosos, esses agrupamentos relâmpagos que da noite para o dia qualquer dois que se juntam já possuem uma pesquisa, método e falam isso sempre em nome de referências, às vezes sem sequer tê-los amplamente lido e entendido. Isso denota a falta da sua identidade e a permissão imediata de colonização e instalação de mitos.
Percebo que quando não há entendimento claro dos conceitos com que se quer trabalhar, as pessoas acabam sendo levadas como por uma onda, ao invés de apropriarem-se profundamente das referências pra compreende-las, absorve-las e fazer a crítica devida, e assim fazem apenas o exercício da repetição, e o trabalho se torna vazio.
Creio que essa debilidade de formação ocasiona o levantar de bandeiras em nome do teatro de grupo, em nome de teatristas que se dedicaram ao aprofundamento e vivência reais desta tarefa, mas que são passíveis do questionamento. Assim o teatro de grupo ganha jargões e clichês e se transforma e corre o risco de ser totalmente absorvido pelo capitalismo, assim logo teremos as camisetas, e os broches do teatro de grupo.
Mas a questão ainda está, em como a falta de esclarecimento e desenvolvimento e principalmente de formação, pode retirar de um grupo o que ele tem de mais genuíno, sua identidade. Esquecendo que o novo de hoje, precisa se dinamizar a cada dia, do contrário constituirá o estereotipo de amanhã.
O teatro atual que quer se dar no contexto de teatro de grupo, poder-se-ia dizer a priori, que precisa fundamentalmente, refletir sobre sua identidade, criar um real espaço de concentração das diferenças, não perder seu compromisso com o feito teatral, realizar investigação teatral e definir um marco teórico que respalde sua investigação, aprofundar seu conhecimento sobre grupalidade para que este não se confunda com conceito de seita.
É muito possível que o espaço que se abre dentro de um grupo para desenvolver suas dinâmicas e sua investigação, acabe se transformando num espaço fechado pela perda de liberdade e identidade, ocasionando a produção de materiais espetaculares extremamente herméticos e a formação de servidores e não de artistas.
VALÉRIA MARIA DE OLIVEIRA
Mestranda em Teatro – Universidade do Estado de Santa Catarina
sábado, 11 de abril de 2009
SEDE
O Grupo Teatral Trem de Doido, possui nova sede no Centro de Porangatu, fruto de muita luta e dedicação.
Um espaço amplo onde poderemos discutir sobre assuntos voltados a arte teatral, ensaiar novos espetáculos e ministrar oficinas a comunidade.
Benjamin Disraeli
Apoio:
Prefeitura de Porangatu
Centro Cultural
Nova Era FM
Cartório 2º Oficio
Wembley Park Hotel
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Via Sacra 2009
Via Sacra 2009
"Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água". (Cf João 19,33-34)
A Via Sacra é uma oração forte porque nos lembra o caminho da dor e do sofrimento de JESUS, no percurso de sua Divina missão Redentora. De modo perfeito e heróico, o SENHOR aceitou a Cruz para Redimir e Salvar todas as gerações, demonstrando uma profunda obediência ao SANTO PAI e um infinito Amor à humanidade.
O Espetáculo da morte e ressurreição de Cristo encenado a céu aberto com artista do próprio município acontecerá na Praça Ângelo Rosa de Moura, ao lado do Centro Cultural às 19h após a procissão do "Senhor Morte", no Centro de Porangatu.
"Você é nosso convidado
especial."
Realização:
Prefeitura de Porangatu
Centro Cultural através da Diretoria de Cultura
Apoio:
Grupo Teatral Trem de Doido
Público estimado: 10 mil pessoas
Fone:3362 – 5095
Via Sacra 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
DIA 27 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DO TEATRO
terça-feira, 31 de março de 2009
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Via Sacra 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Teatro de Rua e Malabares
Três dias de oficina de Teatro de Rua, despertou no Grupo Teatral Trem de Doido a vontade de mostrar o seu trabalho a mais pessoas de nossa comunidade.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Ismael...
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Seleção para Atores
O Grupo Teatral TREM DE DOIDO faz seleção para atores, no dia 17 de JANEIRO de 2008 (sábado) às 15H, no CENTRO CULTURAL DE PORANGATU.
Poderão participar da seleção pessoas maiores de 18 anos. A inscrição está disponível no CENTRO CULTURAL DE PORANGATU até às 17H do dia 16 de fevereiro.
"Essa é a sua oportunidade de ingressar na arte Teatral de Porangatu"
(Assessoria de Imprensa)